A vagamundo

Aventuras pela América Latina

Viajar é muito mais do que simplesmente conhecer novos lugares; é mergulhar em culturas, enfrentar desafios e colecionar histórias inesquecíveis.

Em A Vagamundo: Aventuras pela América Latina, Adriana Pereira nos convida a embarcar em sua jornada, atravessando países, explorando cidades e vivenciando experiências que vão do cômico ao desesperador.

Com uma escrita leve e envolvente, a autora transforma suas memórias de viagem em relatos que misturam realidade e um toque de ficção, levando a leitora e o leitor a sentir na pele as emoções de cada aventura.

Ao longo dessas páginas, viajamos por Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Paraguai, Bolívia, Equador, México e Brasil, descobrindo não apenas paisagens, mas também aspectos sociais e culturais que moldam a identidade latino-americana.

São histórias de perrengues, aprendizados e momentos inesperados – como perder a identidade em Buenos Aires, enfrentar um caminhão no meio da estrada para voltar de Machu Picchu ou lidar com um bloqueio de cartão no interior da Argentina.

Cada episódio traz um misto de tensão e diversão, refletindo a essência de quem viaja com a alma aberta para o desconhecido.

Inspirado no espírito andarilho de Eduardo Galeano, A Vagamundo não é apenas um livro de memórias, mas um convite para explorar o mundo com curiosidade e coragem.

Se você já sonhou em largar tudo e se aventurar por aí, este livro certamente despertará seu desejo de partir – ou, pelo menos, de viver intensamente cada página dessa viagem. Boa leitura e boa viagem!

A autora

Adriana Pereira é cearense, professora de espanhol, leitora de poesia, apaixonada pela cultura latino-americana e aprendiz de viajante.

Encontra nas viagens, no caminhar de cada trilha e na troca afetuosa de cada conversa, o crescimento pessoal e a razão para acreditar no mundo mais bonito.

Trechos

“Caminhamos, falamos em espanhol e compramos. Que rua mais intensa e efervescente! (…) Peguei a bolsa para sacar o dinheiro e comprar os bilhetes. Pero não encontrei. Nada. Não havia dinheiro, tampouco identidade. O desespero começou. Só conseguia pensar na identidade. Quem eu era? Como me identificariam? Como embarcaria de volta ao Brasil? Como… como… como… mil vezes me perguntava em minha cabeça.”

“Finalmente, um caminhão parou e nos ofereceu uma carona no fundo, entre sacos de batatas. Era um caminhão-baú, fechado. (…) Quando a porta do baú se fechou, uma escuridão densa tomou conta do espaço, acompanhada de um frio que gelava a espinha. Só havia um pequeno buraco de uns dez centímetros quadrados por onde entrava um pouco mais de ar. Respiramos. ‘Logo chegaremos em Cusco!’ – dizíamos a todo instante, tentando encontrar consolo. Mas a verdade era que a noite seria longa.”

“Comecei a correr. Corria de forma desesperada. Lembro-me de olhar para o relógio constantemente. Era como se, a cada minuto, eu conseguisse correr mais rápido. O sol já começava a se pôr e meus pensamentos me atormentavam com o fato de não conseguir chegar às casas e a Cusco. (…)”