Sistema de Morte
Vicky Auricchio Saes
Um jogo de poder, mistério e obsessão
No subsolo de um banco, um especialista em segurança digital aparece morto. Nenhum sinal de luta, nenhuma resposta fácil. A jovem consultora Maiara entra na investigação carregando certezas que logo se desfazem. Entre códigos, segredos e jogos de manipulação, cada detalhe parece um erro e cada erro, uma pista.
O Delegado Rodrigues conduz o caso como quem joga xadrez, mas há algo nele que incomoda, que atrai, que repele. E então há Nicholas, um matemático prodígio de poucas palavras e um olhar que parece esconder pensamentos indecifráveis.
Todos têm algo a esconder.
Vicky escreve com precisão cirúrgica, criando diálogos cortantes e personagens que desafiam os limites entre razão e instinto.
Sistema de Morte não é só um thriller policial – é um duelo de mentes onde a verdade é a última peça a se encaixar.
Você tem o que é preciso para entrar nesse jogo?
A autora
Vicky é uma pessoa apaixonada por transformar o real em ficção. Ao se despejar no papel, ela coloca sua marca no mundo.
Nascida em São José dos Campos, estuda Direito, é bolsista na FGV e já teve textos publicados em antologias e premiados em concursos.
Trechos
“Pressionou a maçaneta com força desnecessária e abriu a porta com os olhos baixos. Um passo à frente. Ficou imóvel, por alguns segundos. Piscou duas vezes e tentou processar a cena à sua frente. Próximo à pia, um relógio de pulso desmontado se destacava entre fiozinhos e pecinhas ordenadas sob um balcão temporário. Ao lado, um paletó cappuccino jazia pendurado em uma cadeira que não devia estar ali. Nada daquilo deveria estar ali. Talvez nem mesmo o estranho homem mascarado, recostado no canto do cômodo, olhando tão fixamente a estreita janelinha no alto da parede que sequer reagiu à sua chegada.”
“Rodrigues bate na mesa e o Doutor estremece com o estrondo.
— Eu perguntei se sabe o porquê!
— Não.
— Ah, — Rodrigues finge esconder o sorriso. — Vai ver você não é tão esperto assim.
— Por que estava aqui hoje?!
Rodrigues grita, e sua vítima parece vibrar a cada entonação que o ataca. Porque, a essa altura, era um ataque. Nicholas estava paralisado, pálido, e parecia se recusar a abrir os olhos. Ele estava fazendo o completo oposto do que Maiara costuma fazer em situações assim, e Rodrigues estava amando.
— Responde.
— O Professor me chamou. — Enfim, ele abre os olhos, mas não ousa tirá-los da mesa. Estavam pétreos, carentes do brilho de pouco antes.
— Ah, ele te chamou? Foi quando você pegou o relógio, depois de matá-lo? — Nicholas cerra os punhos quando o Delegado toca sem permissão o relógio em seu pulso. — Queria o emprego dele? O que tem de especial nesse relógio?”
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